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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Tenho um dicionário descompacto de palavrões , pequenas rimas, poemas sem métrica, narrativas sem história...
Tenho um jeito meu de lidar com o silêncio, com as palavras que colho e que se transformam já não sendo minhas.
Eu vejo, eu compreendo, eu calo.

As palavras que junto, descarto, rejeito ou que abraço
São pedaços de mim que eu não encontrei
Esbarrei, mas não olhei...
E que também não me encontraram.


domingo, 15 de julho de 2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012





E que mal existe em não sentir as flores e nem os espinhos?


Não há inércia voluptuosa que desvire o avesso dos anestesiados

O orvalho que desce agora já não molha nem o formigamento que ameaçava o estômago

As borboletas só dançam em certas estações...


domingo, 8 de janeiro de 2012

MEDO



E porque existem vários tipos de alma

E porque algumas são raras

E porque também algumas são encantadas

E porque algumas sorriem e se encaixam

E porque algumas têm corpos que materializam coisas boas

De se chegar perto e ficar por lá, beirando o tudo que ainda não foi

O tudo que ainda tem pra ser.

Tem alma que canta com a gente

Que fala com olhos de passarinho

Alma que apaixona, que desperta um assombro dentro da gente

Alma de algodão-doce, com cheiro de chiclete, textura de avelã, aparência de arco íris

Tem alma que de tão luz parece estrela

Que cadentemente viaja pra dentro da gente

Sem a gente saber, sem a gente esperar, sem a gente deixar

Tem alma que de tão linda dá medo de tocar, de ferir, de machucar

De perder

De não mais enxergar...

Eu tive medo de assustar uma alma assim.