Total de visualizações de página

terça-feira, 10 de janeiro de 2012





E que mal existe em não sentir as flores e nem os espinhos?


Não há inércia voluptuosa que desvire o avesso dos anestesiados

O orvalho que desce agora já não molha nem o formigamento que ameaçava o estômago

As borboletas só dançam em certas estações...


domingo, 8 de janeiro de 2012

MEDO



E porque existem vários tipos de alma

E porque algumas são raras

E porque também algumas são encantadas

E porque algumas sorriem e se encaixam

E porque algumas têm corpos que materializam coisas boas

De se chegar perto e ficar por lá, beirando o tudo que ainda não foi

O tudo que ainda tem pra ser.

Tem alma que canta com a gente

Que fala com olhos de passarinho

Alma que apaixona, que desperta um assombro dentro da gente

Alma de algodão-doce, com cheiro de chiclete, textura de avelã, aparência de arco íris

Tem alma que de tão luz parece estrela

Que cadentemente viaja pra dentro da gente

Sem a gente saber, sem a gente esperar, sem a gente deixar

Tem alma que de tão linda dá medo de tocar, de ferir, de machucar

De perder

De não mais enxergar...

Eu tive medo de assustar uma alma assim.