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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Estou depositando aqui as sobras de palavras que restaram de um ímpeto de coragem.
Há tantas coisas que eu queria escrever aqui nesse espaço
Mas a insegurança me deixa sempre um abraço.

Saio para entrar em cena o vazio...

Um dia eu deixo de sufocar tudo e passo a dizer o tanto...
Um dia...
Quando o que eu disser sobre o todo
Tiver deixado de ser tão sobre mim.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

    É notável como Macapá tem se tornado um espaço cada vez mais diversificado para discussões, produções e abordagens culturais. Um terreno fértil para experimentações de cunho social com ligação para os diferentes níveis de nossa realidade.
   Tal qual como sabemos, essa função de investigação sensível só se enquadra nas práticas cotidianas proporcionadas pela atividade artística. Assim, venho aqui nessa nota introdutória, manifestar minha alegria e satisfação ao ver as artes visuais nativas ganhando força com expressões de cunho mais contemporâneo, e quando digo isso não me refiro só à técnica, mas também ao teor substancial dos trabalhos.
   Fico feliz de ver a fotografia, o vídeo, a performance e a instalação dividindo um território cada vez mais amplo coma pintura local; notar assuntos menos pertinentes e já recursivos na arte cedendo lugar para as problemáticas do nosso entorno e que também são globais, em muitos aspectos.  
     Mas, antes de isso aqui virar um artigo chato sobre artes visuais (rs,rs,rs) vou partir para  o assunto principal: noticiar  a exposição que me fez parar para refletir sobre essas questões.

Segue release:


 Exposição "Demarcações" na Galeria de Artes do SESC Amapá



No dia 5 de agosto às 19h a galeria de artes Antônio Munhoz Lopes do SESC abrirá suas portas para receber a exposição - Demarcações - do grupo Imazônia. Trata-se de uma exposição de caráter instalativo com linhas de pesquisa na ecoarte, os trabalhos são feitos com lixo das ruas e também domésticos. 



O grupo Imazônia levanta uma problemática ecológica com relações sociais, especialmente das ressacas: um ecossistema rico e único, que vem se apagando com o crescimento populacional metropolitano. A exposição – Demarcações – aborda sobre as habitações populares das áreas alagadas e ribeirinhas da Amazônia. Demarcações em espaços irregulares e ocupações “desordenadas” presentes nas paisagens urbanas. São instalações no solo e nas paredes como miniaturas das casas.

A exposição ocorrerá de 5 a 28 de agosto, de segunda a sexta-feira no horário de 8 às 12h e 14 às 18h com visitas monitoradas. 





O grupo Imazônia é formado por:Ronne Dias, Adalto, Jorron, Izaías Brito e Mapige.
Vernissage:
Data: 05/08/11
Local: Galeria Antônio Munhoz
Horário: 19 h
Musica ao vivo!


Mais informações: 3241-4440 / Ramal 257 ou 81226410






terça-feira, 2 de agosto de 2011

Ela olhava a foto
E a foto era tudo que ela tinha naquele momento
E a foto era o olhar, era o cheiro, era o calor
A foto era humana!
Cada detalhe de luz parecia diminuir a saudade...
Ela olhava a foto e tudo remetia ao fato.
Um fotograma, apenas
Mas era a presença, era o toque, era o sussurro
A foto era a palavra.
Tudo o que ela tão mais queria estava ali naquele enquadramento digital.
Deu foco a foto
Acarinhou, beijou
Abraçou a foto com o olhar...
Tocou com os dedos a imagem, margeou os contornos.
Ela sentia o que a foto transmitia
A foto recebia o fluxo de energia

Já não havia tempo
O coração palpitava
Nada que de concreto exisitisse

Mataria sua saudade